Narra, de forma poética, a experiência amorosa, ao enfocar a união das diferenças, os pares dos desiguais e seus relacionamentos. Texto sucinto que trabalha tema de interesse de adolescentes e jovens. Um precioso instrumento de incentivo à leitura, isto é, uma proposta que desperta o gosto de ler.
SOBRE A AUTORA
Elza Beatriz – autobiografia: “Com meu pai, engenheiro amigo de escritores e de gordas estantes, aprendi cedo o brinquedo dos livros. Eles se intrometiam até nos sapatos de Natal, acompanhados de recados garatujados com carvão de chaminé que terminavam sempre assim: ‘e no ano que vem virei saber se se portaram bem e se leram tudo’. Eu não só lia como me metia a escrevinhar também. De rabisco em rabisco, passei do jornalzinho do colégio ao da faculdade. Para crianças, comecei a escrever em 1980, desafiada por meu filho, que me cobrou poemas de ‘que menino gostasse’. Aprendi então que no entendimento gente crescida / gente crescendo cabe à primeira reabrir-se em vez de encolher-se, para chegar ao sem-tamanho daqueles que estão a descobrir o mundo. Acho, como Portinari, que a poesia pousa às vezes num momento, num lugar, num escrito. Fico em acesa vigia. Quando a surpreendo, guardo-a rápido e me trabalho muito para tentar soltá-la multiplicada em palavras e em silêncios. Principalmente, no grande silêncio cúmplice no coração das palavras e das pessoas, que é onde acontece o diálogo mais intenso entre o escritor e o leitor.” Elza nasceu em Belo Horizonte, em 1935 e faleceu em 1992.