A adolescência, segundo as narrativas deste livro, se parece com um tufo de interrogações que cresce na palma da mão. Daí, deixamo-nos ser levados por galopes furtivos em nossa noite interior, em deliciosas metamorfoses de lobo, de boi, de pássaro...
A animália fantástica de Adriano Messias mostra ao leitor que, na vida, tudo está em constante transformação. O mundo flui. Ser aluado é sentir-se arrebatado por coisas que, no fundo, falam de nós mesmos, ainda que queiramos transformá-las em assombros que venham de fora. Por isso, no redemoinho dos pensamentos, temos quase certeza de que alguém bateu à porta – mas foi só o vento...
Estranhe-se também com esses inusitados contos de passagem.